quinta-feira, 23 de agosto de 2012

No Rio, Rampage detona UFC, Jon Jones, Chael Sonnen e Forrest Griffin

O americano Quinton "Rampage" Jackson nunca teve papas na língua para criticar. Durante evento de divulgação do UFC Rio III, no qual enfrenta o brasileiro Glover Teixeira, o lutador comprovou sua fama e não poupou nem mesmo o próprio Ultimate, organização pela qual atuou nos últimos cinco anos. O combate no Rio de Janeiro, em 13 de outubro, será o último de seu contrato

Rampage reafirmou que não pretende renovar o acordo com a organização e quer ter passe livre para negociar com outra promoção de lutas. Segundo ele, o UFC ficou "chato".
- Acho que o UFC está fazendo shows demais, está na TV demais na América (EUA), e muitos lutadores estão lutando de forma chata hoje em dia. A marca do UFC está em todos os lugares e as pessoas querem trocar de canal. Quero ir para outra marca e ver se posso torná-la excitante. Os lutadores perdem duas lutas e são cortados pelo UFC, então por isso todos estão lutando dessa forma chata, porque estão com medo de serem cortados, e isso não é algo com que os lutadores deviam estar se preocupando. Se eu fosse promotor, eu chutaria as pessoas por fazerem lutas chatas. Não me importo se o cara perdeu. Alguém tem que vencer e alguém tem que perder, mas a luta não tem que ser chata - afirmou o lutador.
Em sua última atuação, no UFC Japão, Jackson não bateu o peso da categoria meio-pesado (até 93kg) por causa de uma lesão no joelho, mas mesmo assim entrou no octógono e foi derrotado por Ryan Bader na decisão unânime dos jurados. Após o combate, foi criticado por Dana White, presidente do Ultimate, na coletiva de imprensa. O lutador admitiu que as críticas foram determinantes para que decidisse deixar o evento.
- Simplesmente não gosto da forma como fui tratado. Talvez se o UFC tivesse me tratado diferente, tivesse me mostrado mais apreciação, não sei, mas agora é tarde demais. Acho que pus minha saúde e vida em jogo, aceitei lutas em que não estava saudável, e não fui apreciado. Sabe como, às vezes, alguém não é famoso, depois vira, seu ego cresce e ele acha que é incrível? É assim que essas organizações agem às vezes e se sentem mais importantes que os lutadores. Esquecem como ficaram tão grandes, esquecem que os lutadores os deram essa notoriedade. Você tem que cuidar dos seus lutadores, porque são os que lutam por você. Eu trago muito à mesa, trago muita empolgação, tento deixar os fãs felizes... Por que não deixar esse lutador feliz? Não estou pedindo muita coisa, nem muito dinheiro. Só estou pedindo por respeito - disse Rampage.
O lutador admite atuar por uma organização brasileira.
- Se uma companhia brasileira de MMA me procurar e me oferecer um bom acordo, claro, vou lutar em qualquer lugar. Qualquer coisa que me ajude a pagar minhas contas. Não sou um cara ganancioso. Gosto de lutar. Não gosto de treinar, mas gosto de lutar, e é assim que pago minhas contas - brincou.

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